Minha primeira aventura na Amazônia começou em Lábrea, uma cidade no coração do Rio Purus, na Amazônia. Imagine enfrentar uma viagem de 8 horas em um ônibus sem ar condicionado. O ar estava quente e abafado, tornando quase impossível pegar no sono durante a longa viagem. Cada curva da estrada parecia aumentar a nossa impaciência para chegar.

Finalmente, chegamos em Lábrea. Exaustos, mas animados, carregamos nossas malas para a caminhonete que nos levaria à base da Jocum, localizada à beira do majestoso Rio Purus. Da base, podíamos ver o rio imenso que conectava diversas comunidades ribeirinhas.

Ficamos na base por aproximadamente cinco dias. Durante esse período, um de nossos amigos contraiu uma doença chamada ameba, resultando em diarreia e vômito constantes. A visão e o cheiro eram insuportáveis, e todos estávamos preocupados. Felizmente, após um dia extra de descanso, ele começou a melhorar, e pudemos seguir viagem.

Com o barco lotado de comida e malas, partimos em alta velocidade pelo rio em uma voadeira. As águas agitadas faziam o barco balançar, e precisávamos nos equilibrar cuidadosamente para não cairmos. Chegamos à primeira comunidade ribeirinha, mas para chegar às casas no alto do morro, tivemos que atravessar um tronco de árvore estreito e escorregadio. Um passo em falso, e poderíamos cair na água.

Ao chegar no topo, uma de nossas amigas olhou para a perna e viu que estava coberta de picadas de mosquito, algumas já sangrando. Apesar das dificuldades, havia um sentimento de realização. Ao final do nosso primeiro dia, com todos seguros e acomodados, percebi que as adversidades faziam parte da jornada, mas era a superação delas que tornava a experiência inesquecível.

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